Saudações, após muita espera, finalmente já se passaram as oficinas, e eu sei que para quem foi o nosso grupo deixou um gostinho de quero mais. E nós seriamos ingratos se não mostrássemos a todos vocês que tanto nos acompanhou durante este segundo semestre de 2015 como foi a nossa oficina e infelizmente não pode ir. Para ser bem específico, não falaremos de como foi nossa apresentação, nós vamos fazer uma apresentação a todos vocês. Portanto sugiro que vocês façam um lanchinho, procurem uma posição confortável e gozem da nossa apresentação, pois a partir deste momento vocês não vão querer desgrudar os olhos da tela.
Mas primeiro vamos explicar algumas coisas que são importantes saber. Por exemplo, o que é documento. Na teoria, documento pode ser tudo que a pessoa impõe um valor e faz guarda, por exemplo, se um ente querido lhe deu uma foto, um violão, um colar, até mesmo uma liguinha, e você impõe um valor sentimental (por exemplo) e faz sua guarda, aquilo seria um documento do seu fundo arquivístico. Todavia, um documento arquivístico (organizacional, por exemplo), é a junção de informação + suporte, que atenda uma atividade.
Sendo assim vamos lá:
Proposta da oficina
Explorar os diversos assuntos
relacionados à preservativos dentro do contexto da Diplomática e Tipologia
Documental e como ele se encaixa no Arquivo Permanente.
Nosso documento:
O Preservativo, é personagem principal de histórias
empolgantes e dono de grande poder, já que é um contraceptivo de barreira que
pode ser usado durante a relação sexual com o intuito de reduzir a
probabilidade de ocorrência de uma gravidez ou de contrair doenças
sexualmente transmissíveis, como o HIV. Porém, são ainda utilizados para
diversas finalidades sem propósitos sexuais (Como assim? Falaremos disso já
já).
Atualmente, a
maioria dos preservativos é fabricado em látex, mas existem também os que são
fabricados em poliuretano ou poli-isopreno e existe também um preservativo
feminino fabricado com nitrilo.
Relação conceitual do preservativo com a Diplomática.
Durante os estudos na disciplina Diplomática e Tipologia Documental, do curso de Arquivologia da Universidade de Brasília, pudemos ter contato com os diversos conceitos, aplicações e contribuições da Diplomática para a arquivística.
A Diplomática, segundo Duranti, surgiu da necessidade de analisar os critérios para definir documentos que eram tidos como autênticos ou falsificações. Foram muitas discussões a partir do Século XVII, iniciadas pela Igreja Católica, para definir a autenticidade de documentos eclesiásticos. Depois de várias publicações oficiais a respeito de análises diplomáticas da própria instituição religiosa, levando em consideração os aspectos da doutrina diplomática (diplomática geral) e da pratica da análise diplomática (diplomática especial), a disciplina foi se consolidando até se tornar um apoio fundamental à arquivística contemporânea por meio de sua vinculação à gênese documental e a compreensão do produtor do documento.
Para entendermos onde o preservativo entra em tudo isso, podemos considera-lo como um documento?
Segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, o documento é “a unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte”. A diplomática o tem como objeto, pois possui a evidência sobre um suporte por meio de um meio de transmissão da informação. O preservativo possui essa caraterística! Ele é registro de informações, principalmente por meio de sua embalagem que possui vários aspectos que conferem autenticidade e veracidade à camisinha.
Para ficar claro, o preservativo é autentico quando, em sua embalagem, apresenta todos os elementos estipulados para conferir-lhe autenticidade. A veracidade é conferida quando o preservativo é verdadeiramente o que se propõem a ser.
Parceira das nossas análises de autenticidade, temos o ANVISA que publicou a Resolução da Diretoria Colegiada nº 3, de 2002, a qual apresenta elementos necessários para definirmos os itens que precisamos considerar na embalagem que pode ser primária ou de consumo.
NOTA: No caso da primeira importação de preservativos masculinos, o número de registro no Ministério da Saúde poderá ser fixado através de etiqueta autoadesiva não reutilizável.
Baseado, também, na premissa que a análise diplomática é possível em documentos de distintas naturezas, tivemos certeza que a camisinha poderia ser a nossa parceira nas discussões sobre autenticidade e veracidade. Dessa forma, acreditamos que as atividades da nossa oficina possui a finalidade de tornar compreensível ao público que o arquivista pode transcender e abordar, sob o ponto de vista da Diplomática e Tipologia Documental, um documento que não está em suporte “papel” durante nossa profissão, principalmente um item para a preservação da nossa saúde, agregando ao mesmo tempo a confiança oferecida pela a análise diplomática por meio dos aspectos de suporte, espécie, formato, forma e sinais de validação.
Segundo Bellotto, Tipologia documental é o estudo que tem como objeto os tipos documentais, e entendidos como a configuração que assume a espécie documental de acordo com a atividade que a gerou, a natureza do conteúdo.
Autenticidade do preservativo
Sua autenticidade pode ser provada através da identificação dos itens abaixo, que podem atestar a veracidade do produto.
Embalagem de Consumo: Esta embalagem deve conter no máximo 12(doze)embalagens primárias, sendo obrigatórias as informações a seguir.
Na face principal, deverá constar no mínimo:
- Nome e marca do produto;
- Características do produto (liso, texturizado, anatômico, OUTROS);
- Quantidade de preservativos em unidades;
- Marca de conformidade com este regulamento, quando disponível.
- Origem do produto, informando o nome e endereço do fabricante e do importador quando for o caso;
- Número do lote, da fabricação e data de vencimento ou prazo de validade;
- Os dizeres “não fracionar”
- O número de registro no Ministério da Saúde;
- O nome do responsável técnico;
- Os dizeres “preteja este produto do calor, umidade e da luz”;
- Número de telefone para atendimento ao consumidor no estado onde de comercializa;
- Composição do produto (látex, tipo de lubrificante, espermicida entre outros aditivos);
- Os dizeres “produto de uso único” ler instruções de uso.
Vamos mostrar agora a embalagem de consumo que produzimos para a oficina, onde ela mostra essa diferença em algum dado que pode tornar ela não autentica.
Como podemos ver, a embalagem tem que ter o registro da ANVISA e não o da farmácia responsável. Isso já torna o produto não apropriado para o uso.
EMBALAGEM DE CONSUMO
Fluxogramas
Para a oficina fizemos três fluxogramas que representa como ele pode se inserir dentro de um arquivo permanente também ser um documento de arquivo. Cada um deles tem uma função diferente. O primeiro que criamos fala sobre o processo de importação do preservativo, o segundo para uma campanha do uso de preservativos no carnaval e o terceiro fala sobre p preservativo que criamos e a pessoa em um encontro amoroso usa o preservativo e pode guardar aquilo como prova que teve uma noite agradável no dia em que ocorreu a oficina e que quis guardar em seu arquivo pessoal.
FLUXOGRAMA 1
FLUXOGRAMA 2
FLUXOGRAMA 3
Então foi isso galera! Mostramos um pouco sobre o que o preservativo masculino pode acrescentar no estudo da Diplomática e Tipologia Documental. Essa é nossa Oficina virtual. A oficina que aconteceu no dia 06/11 no ICC Norte foi uma maravilha, todos querendo nossos preservativos confeccionados exclusivamente para a ocasião.
Foi tudo muito bom e ficamos por aqui com nossos agradecimentos ao professor André! Sei que ainda temos muito que aprender mas até aqui estamos seguindo firmes e fortes!
Durante a apresentação:
EMBALAGEM DA CAMISINHA CONFECCIONADA. |
Foi tudo muito bom e ficamos por aqui com nossos agradecimentos ao professor André! Sei que ainda temos muito que aprender mas até aqui estamos seguindo firmes e fortes!
Prevenidos da Diplomática: Viviane Cruz, Rachel Gonçalves, Filipe Cunha e Erick Souza. |
Durante a apresentação:
Ganhador do sorteio.
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